Maracanã vira esperança para Flamengo contra tensão em semana decisiva
Faltou muito pouco para o Flamengo somar três pontos no Brasileiro e respirar mais aliviado na tabela, mas o empate do Ceará, já nos acréscimos
Faltou muito pouco para o Flamengo somar três pontos no Brasileiro e respirar mais aliviado na tabela, mas o empate do Ceará, já nos acréscimos, manteve a temperatura alta e o time rubro-negro se prepara para iniciar uma semana que pode ditar os rumos da temporada. Nesta terça-feira (17), o Flamengo recebe a Universidad Católica, do Chile, 21h30, pela Libertadores, em um clima de rara tensão depois de anos marcados por taças e vitórias.
Longe do Maracanã desde 20 de abril, quando a equipe saiu aplaudida mesmo depois de um empate sem gols diante do Palmeiras, o time carioca volta para casa com a missão de chutar a crise para longe e reencontrar a paz abalada pelo racha político na Gávea e a falta de resultados no futebol. Contra o Altos (PI), o presidente Rodolfo Landim foi hostilizado e, desde então, convive com cobranças inéditas desde que assumiu o cargo.
Com o Maracanã liberado depois do plantio da grama de inverno, o time revê seu torcedor e testa a força de um antigo aliado em meio a um momento marcado por desconfiança generalizada e impaciência da arquibancada.
Ciente de que os créditos vão sendo queimados à medida que as vitórias não chegam, o técnico Paulo Sousa aposta na força da Nação para virar o jogo. Mais que garantir a vaga para as oitavas, a partida diante dos chilenos é decisiva para abaixar a temperatura em todo o clube.
"O torcedor já passou por vários momentos, o torcedor tem muito amor por esse clube. Ele vai apoiar na dificuldade de resultados. Merecemos, estamos trabalhando. Os momentos não têm sido benéficos, mas vamos focar no que acreditamos e isso vai virar", disse o português.
Depois da missão continental, o Flamengo tem o desafio de renascer no Brasileiro. Com o tropeço no Castelão, a equipe ocupa a 16ª colocação e o sinal de alerta está mais que aceso no Ninho do Urubu. No sábado (21), o Flamengo pega o Goiás, a partir das 16h30, e depende de um triunfo para apontar algum sinal de reação.
O confronto diante dos goianos, no entanto, estará condicionado ao compromisso anterior pelo torneio sul-americano. Sem um triunfo contra a Católica, o ambiente para pegar o Esmeraldino não será dos mais amenos no Maracanã. Na sequência caseira, os cariocas ainda encaram na próxima terça-feira (24) o Sporting Cristal, às 21h30, em duelo que pode ter ares der amistoso caso a vaga para a Libertadores seja sacramentada nesta terça-feira.
"Eu não penso que eles (torcedores) tenham de ter paciência. Eu já disse aqui na coletiva para eles terem paciência? Já disse? Não", acrescentou o treinador.
O último treino antes de enfrentar o time chileno ocorre nesta segunda-feira (16). Após sentir um problema no tornozelo, Rodrigo Caio se reapresentou melhor, iniciou tratamento, e a tendência é que não seja problema, mas fique fora da partida contra a Universidad Católica.
Já Fabrício Bruno teve a situação atualizada pelo clube carioca nesta segunda-feira. O zagueiro, que não vai a campo desde 30 de março, passou por uma cirurgia neste domingo(15). O procedimento foi para a retirada de um fragmento ósseo no pé esquerdo. O prazo de recuperação é de pelo menos dois meses.
O time carioca também não poderá contar com Diego Alves, Santos, Gustavo Henrique, Filipe Luis, Vitinho e Matheus França, que seguem no Departamento Médico. Com isso, uma provável escalação do técnico Paulo Sousa tem: Hugo, Isla, Pablo, David Luiz e Ayrton Lucas (Matheuzinho); Willian Arão, João Gomes e Bruno Henrique; Arrascaeta e Everton Ribeiro; Gabigol.
A Universidad Católica, por sua vez, chega à partida em terceiro no Grupo H, e briga por uma chance de classificação às oitavas da competição. A partida seria a estreia do técnico Ariel Holan na Libertadores, após ter feito seu primeiro jogo no comando do time chileno na sexta-feira (13), em vitória por 3 a 0 contra o Unión La Calera, pelo Campeonato Chileno. No entanto, o técnico testou positivo para Covid-19, e não viaja ao Rio de Janeiro. O time deve ser comando pelas auxiliares Juan Manuel Esparis e Rodrigo Valenzuela.
Uma provável escalação inicial da Universidad Católica tem: Sebastián Pérez; Aaron Astudillo, Tomás Asta-Buruaga, Nehuén Paz e Alsfonso Parot, José Pedro Fuenzalida, Ignacio Saavedra e Felipe Gutiérrez, Gonzalo Tapia (Cristian Orellana), Fernando Zampedri e Fabián Cuevas.
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