Na transição com Jerônimo, Rui destaca retomada de obras estruturantes junto à União

Próximo ao fim de seu segundo mandato no governo da Bahia, Rui Costa (PT) destaca como principal ponto na transição para o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), os preparativos para a retomada de obras estruturantes com apoio do governo federal, tendo em vista a parceria com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em conversa com jornalistas na manhã desta quinta-feira (17), em Salvador, ele afirmou que a transmissão do poder está “correndo em paz” e contou que nesta quarta (16) esteve com Jerônimo para repassar as propostas prioritárias que haviam sido abandonadas por falta de interlocução com a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Passei vários materiais pra ele, dos principais projetos, dos projetos estruturantes, inclusive aqueles que nós não pudemos realizar ao longo desse período, porque não tivemos a parceria do governo federal”, disse Rui, em uma crítica ao atual chefe do Executivo nacional.

“Aí eu me refiro, por exemplo, ao Canal do Sertão, que visa trazer água do Rio São Francisco para a barragem de São José, resolvendo o problema de água daquela região de Senhor do Bonfim, Campo Formoso; temos o projeto também de retirar a ferrovia ali daquele sítio que é o patrimônio histórico de Cachoeira e São Félix e levar a ferrovia por Feira de Santana e trazer margeando a 324 até o porto de Aratu”, relatou o governador.

Rui Costa citou ainda a questão do tráfego no norte de Feira, classificado por ele como “urgente” e “quase emergência”. “Quem passa por ali tem um verdadeiro colapso de tráfego, já que o pavimento atual do anel está completamente estragado. O DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], infelizmente, tem o pior orçamento em 40 anos e é preciso duplicar aquilo e recuperar o pavimento”, afirmou o governador da Bahia, segundo o qual, esta será uma das prioridades do estado levadas ao conhecimento do governo Lula.

O gestor estadual apontou outros temas discutidos com Jerônimo para a próxima gestão, a exemplo da duplicação da BR 101, de Feira de Santana a Sergipe, que segundo ele “se arrasta”; e a duplicação das BRs 116 e 324, emperrada por conta do “imbróglio da concessão”.

“Temos a realização de outras estradas importantes pra economia da Bahia como a 020, lá no oeste, que visa completar a integração do Norte do país com o Sudeste, passando ali no Oeste; tem a duplicação também da 101 no extremo sul, já que temos muitas carretas de celulose ali, enfim, são projetos estruturantes que nós não conseguimos realizar em função de serem áreas de intervenção do governo federal, e agora nós podemos fazer essa parceria”, disse Rui.

Fonte: bahia.ba