Santra Brigida - Madrinha Dodô 26 anos de saudades, neste 28 de agosto-2024
Caridosa e conhecedora de penitências e benditos – cânticos elaborados em estrofes e entoados por uma romeira.
Maria das Dores dos Santos, aos 12 anos, acompanhou o Padre Cícero em suas missões. Com morte do “Padim”, em 1934, a Igreja Católica tentou banir o “fanatismo religiosos” e as beatas que seguiam o catolicismo popular – ritos criados pelo povo para se comunicar com Deus em uma época em que a Igreja estava voltada apenas para as elites.
Era uma mulher caridosa e conhecedora de novenas, rosarios, penitências e benditos. Maria das Dores foi apresentada ao beato Pedro Batista, que estava de passagem pelo povoado Moreira, no município de Água Branca, em Alagoas, onde ela nasceu. Decidiu.
A afinidade com os trabalhos comunitários de atendimento aos pobres e o conhecimento que tinha dos rituais da Igreja fizeram a moça ganhar a confiança e se transformar em confidente de Pedro Batista, de quem seria sucessora espiritual.
Em Santa Brígida, Maria das Dores passou a ser chamada de Madrinha Dodô. Ela dava conselhos, ensinava rosários, benditos e penitências e acreditava que o sofrimento era o caminho para as almas se elevarem ao plano de Deus.
Madrinha Dodô mandava servir todo mundo primeiro. O prato dela era o último para ver se recebia porções de tudo o que foi feito. Se faltasse algo, sabia que nem todo mundo comera as mesmas coisas. Se recebesse tudo, era sinal que deu certo. Era um tipo diferente de liderança. Normalmente o líder é servido primeiro.
Madrinha Dodô morreu de morte natural no dia 28 de agosto de 1998 aos 96 (noventa e seis anos) em Juazeiro do Norte ? Ceará. Foi sepultada em Santa Brígida no cemitério São Pedro. Ela partiu, mas deixou brotando as inúmeras sementes cultivadas por todos os recantos. A sua presença continua impetuosamente em silêncio, viva por todos os lugares de Santa Brígida, em cada casa, em cada coração dos romeiros.
Por cidadefm Santa Brigida
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